sexta-feira, 21 de maio de 2010

Os queridos da EMEL

Estava eu a sair do dentista, com a boca totalmente ao lado, quando me deparo com um presentinho dos queridos da EMEL estampado no vidro do carro. Oh, por favor, está aqui uma pessoa com a boca neste estado e tem que se dirigir ao c* de judas para ir pagar uma multinha de 30 a 150€ por não ter colocado ticket durante uns 40 minutinhos? Estava super atrasada e até achei que não passava ali muita gente... Enfim, fiquei logo passada! E, como se não bastasse, os queridos (cretinos) da EMEL ainda deram à sola, de fininho, para que eu não lhes fosse pedir por amor dos santos e dos anjos para me tirarem a multinha.
E o melhor de tudo, meus caros, é que a multa ainda vem com um avisozinho do género "se não quer pagar o valor máximo dirija-se a não-sei-onde e pague voluntariamente o valor mínimo"... ridículo! Só me deu vontade de fazer uma bolinha com este estúpido do papel amarelo e mandar pela janela... consegui conter-me (por pouco!)... É que, ao menos, podiam ter deixado só uma notificação a dizer "para a próxima não faça isso", mas não, é logo a meter a mão no meu bolso!
Se eles soubessem como são odiados cá por Lisboa, metiam o rabinho entre as pernas e zarpavam daqui, deixando de passar multas à parvo só para ganhar uns cobres... se calhar ganham à comissão, os queridos (infelizes)...

Mimi

1 comentário:

  1. Querida Mimi,
    Ao contrário do que afirmaste, os funcionários da EMEL não trabalham à Comissão, não são muito bem pagos, nem têm um trabalho fácil.
    Conheço trabalhadores da EMEL, pessoas bem dispostas e trabalhadoras, que o fazem porque em tempo de guerra não se limpam armas. Dinheiro é, afinal de contas dinheiro. Mas estas pessoas sujeitam-se a muito. São, como dizes, uns infelizes, que não são respeitados pelos seus empregadores e que muitas vezes vão para o hospital porque são brutalmente agredidos. (Pois é, não é nada simpático que um funcionário da EMEL se encontre entre 4 gajos que o atacam e lhe batem com paus, impedindo-o de fazer o seu outro trabalho e de portanto se sustentar - é que responsabilidade civil resulta quando se sabe quem é o agressor e os seguros de trabalho só cobrem o rendimento da entidade empregadora + despesas hospitalares).

    E perguntas tu, porque é que os funcionários não foram mais tolerantes?
    Por duas razões: porque já estão fartos que as pessoas não sejam tolerantes com eles; e porque sabem que o seu trabalho é necessário (quem me dera que houvesse parquímetros pelo meu bairro, talvez assim os residentes pudessem estacionar).

    Eu percebo a frustração, mas próxima vez imagina-te no papel deles. Ou dos residentes velhotes que não conseguem mexer-se tão bem nos transportes públicos ;)

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