Marion Cotillard - Dior
Isto de ser tudo muito Segredo de Estado, top secret, ou como lhe queiram chamar, até tem a sua graça no início!... Apimenta um bocadinho as coisas, pois vai permitir olhares indiscretos e boquinhas à frente de toda a gente, sem que ninguém entenda do que se fala ou perceba o clima que anda por ali, mas depois...
É giro até ao ponto em que passa algum tempo e se torna um verdadeiro brincar às escondidas...
Evitar certos locais frequentados pelos amigos, mudar de rua porque vem alguém conhecido, fugir num supermercado e esconder-se, mentir aos amigos...
E é nesta altura que a brincadeira se torna mais séria e deixa de ter a graça inerente a um joguinho que, inicialmente, até podia ser de sedução.
A partir do momento em que se torna ponto-de-honra evitar ser visto, deixa de ser um "omitir um facto e não andar por aí a divulgar a toda a gente ou a colocar na primeira página do jornal, mas viver-se normalmente" para um "nem que a vaca tussa quero que se saiba e estou disposto a tudo para isso".
O pior disto tudo acontece quando mentimos descaradamente aos amigos para evitar que se saiba, correndo o risco de sermos apanhados, que é o mais provável, ou que eles já saibam ou desconfiem e estejam apenas a ver até onde somos capazes de ir... O resultado começará por ser uma discussão ou, quem sabe, o fim de uma amizade.
E, naturalmente, começamos a questionar-nos, a querer saber o porquê de tanto esconderijo. Como não vimos satisfeita a nossa ansiedade, começamos à procura de hipóteses plausíveis...
Será que é porque tem vergonha de mim? Será que acha que não sou suficientemente boa para ele? Será que apenas não quer andar a justificar-se? Será que tem outra pessoa? Será que é porque tem medo do que os amigos vão dizer? Será que é porque isto tudo é só temporário? E as perguntas vão-se encadeando e eu podia estar aqui até amanhã a questionar-me.
E aquilo que no início era uma brincadeira, um joguinho, pode levar ao fim de amizades e ao fim da relação, por não se aguentar mais viver-se com muita intensidade, mas apenas no Mundo Escondido. Parece que se vive com o estatuto de "amante"...
Sem essa intenção, podemos estar a magoar a outra pessoa, às vezes só por evitar ser visto por alguém que nem é assim tão próximo.
Eu não sou adepta de colocar aí na primeira página do Jornal a notícia, ou tão pouco de ir a correr espetar no status das redes sociais, mas há um meio-termo. Aquele em que se vive normalmente, independentemente do tipo de relação que se tem, e se, porventura, se encontra alguém conhecido, age-se com muita naturalidade e não se foge e se deixa a outra pessoa ali sozinha, estática a olhar para o tecto. Até se pode continuar a evitar contar ou espalhar, vai-se sabendo aos poucos...
Toda a gente gosta de ser acompanhada quando anda às compras ou quando vai a uma festa ou um jantar, e mesmo que a relação não seja séria, ou não seja um namoro, se não se tem mais ninguém, qual o problema de se ir acompanhado e passar um bom momento?! As pessoas vão pensar que é uma curte, como há quem goste de dizer (eu odeio!), um caso, um fuck friend ou amigo colorido, um namorado, um amigo... e daí? Só se diz aos amigos quando se está prestes a casar? Não podem saber que duas pessoas que se entendem bem estão juntos, a conhecer-se melhor e a passar momentos óptimos?
É que isto de brincar às escondidas com as relações toma proporções perigosas e ninguém tem que andar escondido como se tivesse praticado um crime...
Mimi
Será que é porque tem vergonha de mim? Será que acha que não sou suficientemente boa para ele? Será que apenas não quer andar a justificar-se? Será que tem outra pessoa? Será que é porque tem medo do que os amigos vão dizer? Será que é porque isto tudo é só temporário? E as perguntas vão-se encadeando e eu podia estar aqui até amanhã a questionar-me.
E aquilo que no início era uma brincadeira, um joguinho, pode levar ao fim de amizades e ao fim da relação, por não se aguentar mais viver-se com muita intensidade, mas apenas no Mundo Escondido. Parece que se vive com o estatuto de "amante"...
Sem essa intenção, podemos estar a magoar a outra pessoa, às vezes só por evitar ser visto por alguém que nem é assim tão próximo.
Eu não sou adepta de colocar aí na primeira página do Jornal a notícia, ou tão pouco de ir a correr espetar no status das redes sociais, mas há um meio-termo. Aquele em que se vive normalmente, independentemente do tipo de relação que se tem, e se, porventura, se encontra alguém conhecido, age-se com muita naturalidade e não se foge e se deixa a outra pessoa ali sozinha, estática a olhar para o tecto. Até se pode continuar a evitar contar ou espalhar, vai-se sabendo aos poucos...
Toda a gente gosta de ser acompanhada quando anda às compras ou quando vai a uma festa ou um jantar, e mesmo que a relação não seja séria, ou não seja um namoro, se não se tem mais ninguém, qual o problema de se ir acompanhado e passar um bom momento?! As pessoas vão pensar que é uma curte, como há quem goste de dizer (eu odeio!), um caso, um fuck friend ou amigo colorido, um namorado, um amigo... e daí? Só se diz aos amigos quando se está prestes a casar? Não podem saber que duas pessoas que se entendem bem estão juntos, a conhecer-se melhor e a passar momentos óptimos?
É que isto de brincar às escondidas com as relações toma proporções perigosas e ninguém tem que andar escondido como se tivesse praticado um crime...
Mimi


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